terça-feira, 1 de maio de 2012

Assoalhos de Tábuas corridas (Tabuão), tacos de madeira e parquet, decks em geral


1. INTRODUÇÃOA seguir será apresentada uma pesquisa sobre a utilização da madeira no revestimento de pisos direcionados a construção civil, detalhando as formas mais usuais da sua utilização na forma maciça, que serão: soalho de tabuas, tacos, parquet e decks. No caso de decks, além da madeira usual que temos, apenas com tratamento, temos no mercado a madeira plástica, onde parte do material é polimérico.Serão abrangidos assuntos como, sua utilização, instalação e conservação, para melhor compreensão, de como e onde o revestimento de madeira pode ser utilizado e os cuidados que devemos tomar com o mesmo.Existem certos cuidados que temos que tomar antes, durante e após a instalação dos pisos de madeira, quanto ao local onde serão acondicionados e, local onde futuramente será instalado, principalmente quanto à umidade que possa estar presente. Para dar sequencia a esta explanação, começaremos com uma apresentação dos principais tipos de madeira a serem utilizados para estes fins.
2. MADEIRASAs madeiras destinadas a pisos de tacos ou tábuas devem ser convenientemente secas, por exposição demorada ao ar ou por processo acelerado em estufa adequada. O volume da madeira varia conforme a temperatura e umidade. Quanto à cor do assoalho, as madeiras mais escuras são mais duras, portanto mais resistentes ao tráfego, já as mais claras, amassam com mais facilidade, portanto deve-se evitar impactos pontiagudos. A variedade de tons não é um defeito, nunca haverá tábuas de uma mesma madeira com tons iguais.A existência de peças curtas não é um defeito, e sim uma característica, pois o comprimento é determinado em função da retirada maior ou menor de defeitos naturais durante a sua fabricação.A madeira é um produto natural que sofre com as alterações climáticas. Assim, nos períodos do ano em que a umidade do ar torna-se muito baixa ou muito alta, o piso pode sofrer alguma retração ou expansão.A madeira não deve ser molhada em hipótese alguma e não permite o trabalho com argamassas, cimento, cal e outros produtos nocivos. A absorção de água promove o afastamento das fibras e a madeira se entumece. As peças de madeira muito secas podem sofrer empenos durante os períodos chuvosos, já que tendem a absorver a umidade, já as peças de madeira com umidade excessiva ( acima de 12%) podem, em períodos muitos secos, sofrer retração, diminuindo as suas dimensões. A umidade recomendada é cerca de 10%.Ao receber a madeira em sua obra, estoque-a em local coberto, seco, arejado e sem insolação direta, de preferência no local de sua futura instalação. A instalação do piso de madeira deve ser feita na fase final da obra. Quando o pavimento for térreo ou sujeito a infiltrações, deve ser feita impermeabilização do contrapiso.As madeiras normalmente usadas em pisos de tacos ou assoalhos:• IPÊSua cor é castanho claro, destinada à obras, onde o requinte do acabamento deve ser aliado à qualidade mais nobre. Madeira muito dura, o que a torna altamente resistente a fungos e cupins, proporciona ótimo acabamento e resistência a riscos a amassamento.
• JATOBÁ


 Sua aparência com veios mesclados. Madeira dura e resistente. 



• CUMARÚ A madeira de Cumarú tem estruturas e finalidades semelhantes ao ipê, também de consistência dura, utilizada em estruturas pesadas onde exige-se resistência a baixo custo.

• MARFIMA madeira de Marfim é rara. Decorativamente aprovada, utilizada só para interiores como acabamento final, devido ao seu alto custo.


• CEDRINHOA madeira de Cedrinho é alternativa pelo preço mais acessível. Tem boa aceitação de corantes e vernizes, porém baixa resistência ao ataque de cupins.


2.1. ASSOALHO DE TÁBUA CORRIDAO assoalho de madeira além de belo é extremamente aconchegante, muito procurado para ambientes interiores. A utilização de assoalhos é uma antiga prática construtiva, muito observada casarões coloniais. Atualmente novas formas no tratamento de sua película de revestimento foram criadas, para atender o padrão refinado atual, exigindo um maior apuro técnico nas diversas etapas de sua aplicação. Uma de suas vantagens é a incrível variedade de opções de madeira como ipê, jatobá, garapeira, marfim, sucupira, muiracatiara, cumarú e assim por diante.
O assoalho é composto por tábuas corridas que tem de um lado a fêmea e do outro lado o macho, ocasionando o encaixe com maior firmeza, consequentemente maior durabilidade. As tábuas deverão apresentar superfície aplainada e lixada, e ter bitola uniforme. As dimensões usuais das tábuas corridas são:• Largura: de 10cm a 20cm• Espessura: 20mm• Comprimento: de 1,5m a 5,5m


Segundo a normalização técnica específica a NB 9, de 1945, a " execução de soalho de tacos de madeira ", limita-se às dimensões das juntas ( entre 1,2 e 1,5 mm ), essa norma também é usada para tábuas corridas.Tábuas corridas não precisam necessariamente ser tábuas paralelas, elas podem ser tábuas em diagonal sem tabeira, tábuas em diagonal em quatro painéis com tabeiras, tábuas em diagonal com tabeira e tábuas em espinha de peixe. Conforme as figuras abaixo:




Após a instalação é comum uma pequena movimentação das peças, provocando abertura de frestas e um pequeno desnível que será corrigido na raspagem, calafetação e aplicação do verniz de acabamento. Com a raspagem do piso as eventuais emendas em tábuas passam despercebidas, porém uma raspagem muito grossa inicial diminui a espessura final. A raspagem não remove as manchas.

2.1.1. INSTALAÇÃO• Os produtos só devem ser instalados após a colocação das janelas, vidros, soleiras e portas.• A instalação do piso de madeira deve ser feita após a secagem total do contrapiso.• Recomenda-se a proteção das janelas com jornal para evitar a insolação direta sobre a madeira.• Deve-se verificar o nivelamento do piso para que não se tenha problemas posteriores.• Colocação dos barrotes( vigas, caibro de madeira que são fixadas no contrapiso onde serão pregadas ou parafusadas as tábuas), com dimensões de 50cm x 50 cm. Devem ser colocados da seguinte forma:Chumbar com espaçamento máximo entre de 35 cm entre si, perfeitamente alinhados, nivelados e os espaços devem ser preenchido com cimento cobrindo tudo, deixando apenas um centímetro para que a tábua tenha uma ventilação, ou com lã de vidro, areia seca, isopor e etc. Deve-se tomar cuidado para que a argamassa não entre em contato com a face inferior das tábuas. Esse preenchimento evita ruídos.

• Existem dois métodos para colocação do assoalho, pregado ou parafusado.Para a colocação do método pregado o importante é que as tábuas fiquem bem prensadas umas nas outras. Usa-se uma ferramenta chamada barra T para prensar melhor, depois é só pregar. A fixação das tábuas se faz em um único lado, no encaixe da fêmea ou pode ser em cima das tábuas com prego sem cabeça e rebaixado para que a tábua seguinte possa ser encaixada. As tábuas devem ser pregadas em tarugos trapezoidais, pintados com tinta a base de asfalto, que para melhor fixação é recomendável ferro 3/16” de 50 em 50 cm.Para a colocação do método parafusado, primeiro se faz um furo com a furadeira para o parafuso e depois um furo para cabeça do parafuso, já que a cabeça ficará na parte interna do assoalho, o próximo passo é colocar a bucha e no barrote ou pode ser sem bucha, parafusa-se direto no barrote, feito isto com a cabeça do parafuso dentro do assoalho pegaremos uma cavilha( pequena peça de madeira que tem a finalidade de tampar a cabeça do parafuso ) e tamparemos o buraco dando acabamento com a lixa.• O rodapé deve ser feito com o mesmo material utilizado nas tábuas, e fixado na parede com prego sem cabeça parafusado no taco de madeira que deve ser deixado no assentamento de alvenaria. Para saber onde fica o centro do taco embutido, um prego semi-enterrado deve ser deixado até a fixação do rodapé e então é removido.• Para esconder a fresta entre o pavimento e o rodapé utiliza-se um cordão ¼ de círculo de madeira.Na figura abaixo podemos observar a disposição dos itens citados acima:
2.2. TACOSSoalho de tacos foi muito utilizado nas décadas de 80 e 90 no Brasil, em prédios e casas de alvenaria. Com a abundância da madeira na época, usava-se muito este material, tanto para a execução de construções como também para o acabamento. Com o passar do tempo, houve uma queda na produção de madeira nobre e cresceram produtos no mercado como pisos cimentados e porcelanatos.Hoje a madeira ganha vez novamente, como tendências vão e voltam, a madeira está voltando a vitrine na construção civil, como material nobre, tendo um grande destaque em acabamentos refinados.Segundo NBR 5724/82 – Tacos Modulares de Madeira Para Soalhos na Construção Coordenada Modularmente, são tacos cujas medidas são determinadas para ocupar um espaço modular, onde suas medidas são modulares, apenas a espessura não segue essa regra. Como exemplo mais encontrado, temos tacos com medidas 10x30x2cm, onde os 10cm são a largura, 30 cm o comprimento e 2cm a espessura. Podemos ter tacos com outras medidas também, como: 7x21x2cm. Como observado, a espessura é a mesma do exemplo anterior, mas as medidas são diferentes, porém podemos observar que o comprimento é 3x maior que a largura, seguindo a mesma regra do exemplo anterior.Segundo NBR 6451 – Tacos de Madeira Para Soalho, estas são as tolerâncias admitidas para tacos de 1ª escolha e 2ª escolha.

2.2.1. INSTALAÇÃOPrimeiro passo a ser tomado para a instalação dos tacos de madeira é a conferencia de regularidade do piso e impermeabilização do mesmo (se necessário), onde os tacos serão instalados. Não devem ser toleradas diferenças de nível superior a 1cm em 5m. Após isso devemos verificar se trabalhos como pintura, instalação de esquadrias e outros serviços que possam interferir na instalação estão concluídos, pois trabalhos como esses podem danificar os tacos, gerando retrabalho. Também devemos observar se as aberturas do local estão colocadas e sem apresentar vazamentos, pois a água ou umidade pode danificar o material já instalado. Os demais trabalhos podem acabar danificando as peças também, como o movimento sobre as mesmas, aconselhando-se a colocação dos pisos amadeirados como uma das ultimas etapas da obra.A colocação dos tacos realiza-se com argamassa ou cola branca.• Tacos assentes com argamassa precisam de uma preparação para sua posterior fixação, pois madeira não adere em argamassa. Para isso molhamos a parte posterior do taco em asfalto derretido e em seguida, com o asfalto ainda líquido, passamos em um recipiente com pedrisco, tornando assim a superfície áspera, dando aderência ao taco, como se fosse um chapisco de asfalto e pedrisco, por fim pregamos pregos do tipo “asa de mosca”. Tacos em corte e o detalhe do “prego asa de mosca”. 
Com a primeira condição de aderência resolvida, partimos para a etapa de colocação, onde primeiramente preparamos as guias de nivelamento, distanciando 1,5m a 2m uma da outra, enchendo posteriormente os painéis formados com argamassa de cimento e areia na proporção de 1 volume de cimento para 4 volumes de areia apenas umedecida (traço 1:4), não chegando a ser uma argamassa plástica. Após o preenchimento desses painéis, os sarrafeamos com régua apoiada nas guias, com o intuito de regularizarmos a superfície destes painéis. Com a regularização dos mesmos, borrifamos a superfície destes painéis com cimento e água com a finalidade de dar uma maior aderência e fixação. Os tacos são assentados conforme desenho preestabelecido, sendo os mais usuais os apresentados na figura abaixo: 
No assentamento com argamassa, após a colocação em suas posições, batemos o mesmo com um soquete geralmente de borracha, para que o taco penetre na argamassa e esta preencha todo o vazio do contorno dos tacos. É parado de bater quando surge a nata de cimento nas junções entre os tacos. Um processo usual é o lançamento de água sobre os tacos após sua colocação, não realizando o mesmo antes da sua colocação como mencionado acima, o que é um processo errado, o taco pode empenar e perder aderência com esse lançamento de água posterior sobre o mesmo.Como a medida de um cômodo não coincide com as medidas dos tacos ou até mesmo para deixar uma folga para sua expansão e retração, é necessário o corte de um ou dois lados destes tacos, com isso geramos um acabamento ruim. Para escondermos essas imperfeições utilizamos o rodapé juntamente com o cordão, as vezes suprimido dessa colocação, dependendo do padrão a ser atingido.Por último vem o fechamento das juntas entre os tacos, a qual é realizada com a raspagem dos tacos, para regularização e melhor acabamento dos mesmos. Realizando-se a primeira raspagem dos tacos após sua colocação, resultando serragem, a qual é misturada com cera de soalho e espalhada com rodo de borracha sobre os tacos. Com isso temos o preenchimento das juntas, não deixando o taco muito seco e evitando que o mesmo lasque na raspagem final da máquina.• Tacos assentes com cola são os mais utilizados na atualidade, tendo como principal diferença a praticidade na hora da execução comparado aos tacos assentes com argamassa. O processo é bem similar ao apresentado anteriormente, diferenciando-se na regularização do piso que deve ter uma rigorosidade maior, sendo inclusive desempenado o contrapiso e obedecendo o tempo de cura que o mesmo requer, estipulado em 3 dias para cimentos do tipo CP-II, e não há o borrifamento de cimento e água, como no processo anterior.Após realizada a cura do contra piso iniciamos a limpeza do local para instalação do soalho. Quando concluída a etapa de limpeza, começamos a colocação dos tacos, com o lançamento da cola em pequenas áreas, espalhando essa cola com um rodo de borracha e deixando pequenos acúmulos de cola com o intuito de esfregar o taco na cola melhorando sua aderência e levando o mesmo até a sua localização final sem leva-lo. As colas mais utilizadas são a PU (poliuretânica) PVA (polivinílica), sendo a PVA a base de água e a PU sem água presente na formulação. A indicação de cada cola varia da empresa a qual foi adquirido os tacos.O processo de colocação é importante para que se evitem problemas, patologias e resultados estéticos negativos. Com esse deslizamento do taco na cola, melhora-se a distribuição da cola no mesmo, retirando possíveis sujeiras e bolhas de ar. Com a conclusão da instalação dos tacos assentes em cola, fecha-se o cômodo por no mínimo 3 dias, evitando a circulação sobre o mesmo, que pode prejudicar sua fixação. Em tacos assentados com cola PU esse período de tempo pode ser menor, devido a sua formulação não conter água. Após esse período, procede-se da mesma forma que o taco assente em argamassa, realizando-se raspagem e preenchimento das juntas entre os mesmos.
2.3. PARQUETSoalho de parquet são placas ou taliscas de madeira de lei, formando espécies de mosaicos, que são fixados em peças de 50x50cm ou 25x25cm. Muito utilizadas na década de 50, caíram em desuso, à exemplo dos tacos de madeira. Diferem principalmente dos tacos de madeira na questão de menor mão-de-obra na sua instalação, pois já vem em placas com desenhos pré-estabelecidos e com um acabamento melhor do que dos tacos, sendo necessária apenas uma raspagem para conferir um acabamento melhor.O soalho de parquet é equivalente as pastilhas de cerâmica, que vem com uma estrutura montada em placas, facilitando assim sua instalação, porém não é muito utilizado em revestimento de paredes e também não pode ser utilizado em áreas molhadas devido ao material do qual é constituído.
2.3.1. INSTALAÇÃOEssas peças são assentes da mesma forma que os tacos, com cola, tendo sua superfície já acabada, não necessitando de uma raspagem grossa como as dos tacos, como já citado acima, usa-se somente uma lixa fina com o objetivo de regularizar as juntas e remover o excesso de cola que surge nas juntas das placas, assim como a remoção do papel que fixa a placa, a exemplo das pastilhas cerâmicas também, que contem uma espécie de tela, que orienta a sua colocação, porém na maioria dos soalhos de parquet esse papel é fixo na face frontal, enquanto das pastilhas é fixo na face posterior.O restante do processo é muito similar ao da instalação dos tacos, como por exemplo os cuidados que devemos ter com o nivelamento do piso, limpeza do local e elementos que precisam estar colocados antes da sua instalação, como é o caso de aberturas, evitando a entrada de água no cômodo.Nesse tipo de pavimento não é aconselhado o uso de solventes, pois sua fixação se dá pelo uso de cola, podendo o solvente à dissolver e provocar tração nas peças após sua evaporação, aconselha-se então utilizar verniz ou somente cera comum para sua limpeza e manutenção. O acabamento é realizado da mesma maneira como nos tacos e os desenhos aos quais podem ser realizados são bem similares também, portanto o acabamento é feito com rodapé e cordão, também podendo ser abstraído o uso do cordão dependendo do padrão de acabamento a ser utilizado.
3. DECKDeck é substantivo de convés (C. M. Santos. Dicionário inglês-português. 2° Ed.), para MICHAELIS (2002) convés é uma plataforma prolongada horizontalmente para um lado do navio onde os passageiros conversam e passeiam.Traduzindo para a construção civil deck nada mais é que uma estrutura sem teto, suspensa ou elevada em relação ao nível do terreno, tipicamente com uma grade de proteção localizado ao lado de uma casa.Colocados em áreas abertas e expostas as intempéries (chuvas, umidade constante, luz solar) como piscinas, Hidro spa, áreas a beira mar, áreas de difícil acesso como na lateral ou fundos de uma casa com terrenos mais íngremes. Também é usado em stand de feiras expositivas como instalação provisórias.Em muitas referencias e catálogos de empresas especialistas em soalhos de madeira um deck pode ser aplicado diretamente sobre o contra piso regular e pisos com acabamento ou no próprio terreno sem resíduos orgânicos, compactado e preparado com uma camada de material drenante como a brita 0.Também pode ser suspensos com pilaretes de mesmo material usado para o deck ou em estrutura de concreto armado.
3.1. INSTALAÇÃO“As construções a serem executadas total ou parcialmente com madeira devem obedecer a projeto elaborado por profissionais legalmente habilitados.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 7190 Ago. 1997 Pag. 02).A execução deve ser feita por uma equipe especializada, que domine as boas praticas de carpintaria e saibam ler os projetos e seus detalhamentos. Primeiro passo; é limpeza do terreno ou local a ser construído o deck removendo todo o resíduo orgânico do local. Segundo passo; preparação do local prevendo os pontos de drenagem colocando uma manta e uma camada de pedra brita em cima para facilitar a drenagem e impedir plantas invasoras cresçam. Terceiro passo; locação das fundações quando suspensas ou das vigas quando diretamente ao solo e dos sarrafos quando diretamente sobre o contra piso. Sempre verificando o alinhamento, prumo e esquadro. Quarto passo; fixação das longarinas e transversinas com pregos inoxidáveis e conectores metálicos zincado, sempre respeitando as especificações de projeto. Quinto passo; Execução de escada se existir. Sexto passo; fixação das réguas respeitando o espaçamento entre as mesmas de 3 a 6mm dependendo do tipo de madeira e seus coeficientes de dilatação térmica de cada região, Sétimo passo; construção das grades de proteção laterais respeitando as normas de segurança. Oitavo passo; proteção da superfície ou acabamento com pintura com verniz. Nono passo; limpeza da área recolhendo todo o resíduo e dando destino adequado.

Recomenda-se que a estrutura de sustentação seja executada com madeira da mesma procedência e características das réguas.
3.2. MADEIRAS E MATERIAS PARA DECKSVárias são as madeiras utilizadas no projeto de um deck como:∙ Madeiras nobres (dicotiledóneas) tratadas ou não.∙ Madeiras Coníferas tratadas.∙ Madeiras recicladas com plásticos, composição 70% de serragem de madeira certificada e 30% de resíduos industriais de plástico.∙ Bambu∙ Madeira de demolição (dormentes)∙ Madeiras modulares com encaixe fácil; deck modular de madeira para ambiente externo jardim, piscina, varanda, sacada, pátio, terraço, fachada.∙ Ferragens de fixação com tratamento anticorrosivo por zincagem a quente bem como pregos e parafusos de aço inox.Ao planejar um deck, alguns fatores precisam ser considerados, um deles é a qualidade da material prima, pois esta terá que suportar as intempéries para que não necessite de manutenções constantes.A aceitação da madeira para execução da estrutura fica subordinada à conformidade de suas propriedades de resistência aos valores especificados no projeto. (NBR 7190 AGO 1997 Projeto de estruturas de madeira item 4.1)
4. ACABAMENTO E CONSERVAÇÃO
4.1. ACABAMENTO DE PISOS DE MADEIRAEtapas para execução do acabamento:• Raspagem e nivelamento:Com o piso já colocado, faz-se o desengrosso com uma máquina apropriada. Depois, é preciso duas raspagens mais finas para diminuir os eventuais desníveis.• Calafetação: É colocado entre os rejuntes e falhas da colocação dos assoalhos uma massa feita do pó da própria madeira raspada misturada com a cola branca e o verniz e espalhada em todo o piso.• Primeira demão ( Seladora ):Depois que a superfície estiver limpa, coloca-se verniz ou resina, diluído em álcool, para preparar a superfície. Depois a madeira seca é lixada.• Segunda demão ( base ):Com o piso limpo passa-se o verniz ou a resina, desta vez menos diluído. Tape as entradas de ar, pois isso prejudica a catalisação dos produtos.• Demão final: O verniz ou a resina são passados puros. O trabalho deve ser feito na contraluz, para um resultado mais uniforme.Os pisos podem ser em uma versão não acabada (sem verniz) quanto na versão pré-acabada (com verniz). O piso não acabado deve ser lixado no local de trabalho e receber acabamento após a instalação. O piso pré-acabado é lixado e recebe acabamento na fábrica.O verniz normalmente usado para o acabamento, tem a base de água e três anos de durabilidade em residências, é feito manualmente com 2 ou 3 demãos. Porém hoje em dia os vernizes tem maior durabilidade e evitam á necessidade do assoalho ser constantemente encerado e lixado. As desvantagens do verniz é a fragmentação que ocasiona barulho e as trincas entre as peças que são geradas por um filme único de verniz.
4.1.1. RESINAA resina tem a finalidade de proteger e embelezar os pisos de madeira. Deve ser resistente a abrasão, transparente para realçar o seu aspecto natural e elástica para acompanhar suas movimentações normais.O intervalo entre uma aplicação e outra pode variar dependendo da finalidade de uso, manutenção adequada, intensidade do tráfego de pessoas, incidência de umidade e insolação que os pisos sejam submetidos ao longo do tempo.Antes da aplicação da resina deve-se limpar o piso para a retirada de resíduos de pó ocorridos durante o processo de polimento. Depois de aplicada a resina, deve-se respeitar o tempo de cura.Se o dano no piso de madeira é muito grave, deve-se efetuar a raspagem e aplicar a resina. Este processo envolve lixar seu assoalho até a madeira nua e aplicar a resina novamente.Não é recomendável limpar um piso resinado com palha de aço, detergentes químicos ou solventes. O uso contínuo desses produtos retirará a camada protetora de resina.
4.2. CONSERVAÇÃO DE PISOS DE MADEIRAPara que o piso de madeira seja conservado, algumas regras devem ser seguidas:• A limpeza do piso de madeira deve ser apenas com um pano seco, aspirador ou vassoura de pêlo. Pois a limpeza com pano úmido provoca movimentação da madeira, remove o rejunte das tábuas e etc. Nas madeiras mais claras, a umidade do pano pode provocar manchas pretas no rejunte e em pequenas fissuras na camada de verniz.• Os fatores de umidade e calor são os principais responsáveis por variações nas dimensões dos pisos de madeira. Por isso não é aconselhável lavar o piso de madeira com água corrente ou pano molhado, nem expor o piso à insolação direta.• Não é aconselhável o uso de produtos de limpeza com álcool, querosene ou outros solventes. Esses líquido afetam a madeira e o verniz de acabamento.• Dependendo da temperatura e da umidade do ambiente podem surgir aberturas no rejunte das tábuas ou tacos. Esse é um fenômeno natural da madeira que nunca poderá ser eliminado. Por isso se deve raspar o piso de tempos em tempos.• Deve-se proteger os pés e bases dos móveis com feltro ou borracha para evitar marcas. Não arraste móveis pesados sem alguma proteção.• A exposição direta e intensa de raios solares sobre o piso deve ser controlada, evitando assim deformações físicas na madeira e/ou alterações na coloração.
4.3. CONSERVAÇÃO DE DECKS• Diminuir a ação do sol por meio de medidas arquitetônicas;• Isolar a construção das fontes de umidade ou, no mínimo, limitar a permanência da água sobre a madeira;• Limitar o uso de aberturas e furos por onde a água possa penetrar e infiltrar;• Criar barreiras que impeçam a absorção de água por capilaridade;• Usar madeiras com teores de umidade compatíveis com o meio em que serão aplicadas;• Usar madeira que apresente durabilidade natural compatível com a classe de risco requerida, ou que tenha recebido tratamento químico adequado;• Utilizar peças de madeira cujas faces superiores sejam inclinadas;• Criar pingadeiras naturais;• Evitar o represamento e facilitar a drenagem de água;• Elaborar medidas diferenciadas para locais que favoreçam a condensação da água (por exemplo, vidros em esquadrias de madeira);• Facilitar a limpeza e a ventilação das peças;• Dificultar a ocorrência de sujeira e lixo sobre a construção;• Dimensionar adequadamente as peças de madeira para o alojamento dos elementos de ligação, evitando o aparecimento de fissuras;• Proteger os topos das peças de madeira;• Preferir peças cujas dimensões transversais sejam as menores possíveis, porque os problemas de secagem, que comprometem a durabilidade da madeira, crescem na medida em que essas dimensões aumentam;• Tratar os elementos metálicos em contato com a madeira contra a corrosão - quando necessário;• Evitar o uso do material em locais destinados a armazenamento de produtos químicos (sais, fertilizantes), pois os mesmos oferecem riscos significativos de corrosão;“Recomenda-se que no projeto de estruturas de madeira seja considerada a durabilidade do material, em virtude dos riscos de deterioração biológica. O risco de deterioração depende do teor de umidade da madeira e da duração do período de umidificação.” (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS, NBR 7190 Ago. 1997 Pag. 88).Métodos preventivosA preservação da madeira pode ser feita pela aplicação dos seguintes recursos:- pincelamento;- aspersão;- pulverização;- imersão;- banho quente-frio;- substituição de seiva;- autoclave. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS, NBR 7190 Ago. 1997 Pag. 88).Tipos de preservativosOs quatro preservativos de ação prolongada responsáveis por cerca de 80% da madeira tratada no mundo são:- creosoto;- pentaclorofenol;- CCA (Cromo - Cobre - Arsênio);- CCB (Cromo - Cobre - Boro).Os preservativos de ação temporária hidrossolúveis são:- fungicidas;- inseticidas. (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS, NBR 7190 Ago. 1997 Pag. 88).Preservação mínima recomendada
Até a elaboração de norma específica a respeito da preservação da madeira, recomenda-se o seguinte. Em virtude da grande variabilidade da incidência de agentes biológicos de deterioração da madeira, bem como pela existência de espécies com boa durabilidade natural, recomenda-se, na falta de outras informações, os seguintes procedimentos mínimos de preservação:- dicotiledôneas: pincelamento;- coníferas: impregnação em autoclave.(ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 7190 Ago. 1997 Pag. 89).
5. CONCLUSÃOAo final dessa pesquisa podemos tirar conclusões interessantes e informações importantes para fazermos uma boa escolha de que material utilizar, e como proceder sua instalação, manutenção, aumentado assim sua vida útil, ou, podemos ver que não será viável sua escolha, optando por outros materiais.Outro aspecto importante a se observar é a mão de obra qualificada para realizar a instalação dos mesmos, cada tipo de piso requer uma habilidade diferente, mesmo sendo pisos de madeira maciça, são maneiras diferentes de instalar, geralmente não tendo muita semelhança em sua instalação.Um dos principais pontos na escolha desses tipos de pisos é estar ciente da sua futura instalação, quanto a trafego de pessoas, área em que serão instalados e agentes nocivos aos mesmos, também quanto aos cuidados que devemos ter para sua manutenção e conservação, sendo esses pontos esclarecidos, cabe somente escolher o tipo de piso que mais combina com seu projeto.
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASYAZIGI, Walid. A Técnica de Edificar. 10ª ed. rev. e atual. São Paulo: PINI: Sinduscon,2009.ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, NBR 7190: Projeto deestruturas de madeira – Procedimento ABNT, Rio de Janeiro, 1997.AZEREDO, H. A. O Edifício e seu Acabamento. São Paulo: Ed. Edgard Blücher,1987.http://www.cobrire.com.br/http://www.remade.com.br/http://www.artpine.com.br/manuais/http://pcc2435.pcc.usp.br/textos%20t%C3%A9cnicos/estrutura/Sistemas%20construtivos_madeira.pdfhttp://www.thefreedictionary.com/deckhttp://www.preservam.com.br/ http://www.impregnamadeiras.com.br/http://portaldosassoalhos.com.br/http://www.portello.com.br/http://pisolaminado.net.br/piso-de-madeira/http://www.reformafacil.com.brhttp://www.daraportas.com.br/http://www.oligran.com.br/madeira.phphttp://construcaociviltips.blogspot.com.br/http://www.ebah.com.br/http://www.madguimaraes.com.br/http://www.pisoprontomadeira.com


Assoalhos de Tábuas corridas (Tabuão), tacos de madeira e parquet, decks em geral
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